‘Museu subterrâneo’ e nome inusitado: conheça a praça do Peladão
Diversas vezes você já deve ter passado pela praça Sete de Setembro, onde fica localizado o Monumento ao Desbravador, mais conhecido como “Peladão”. No entanto, poucos conhecem a história dessa praça. Em parceria com o projeto Maringá Histórica, hoje você vai conhecer mais sobre o local e suas obras de arte.
O “Peladão” foi encomendado pelo então prefeito Adriano José Valente, em 1972. A grande estátua em bronze foi concebida pelo artista plástico Henrique Aragão. Ela representa um desbravador pelado, ou seja, pioneiros que chegaram aqui entre 1930 e 1940 e não possuiam nada, mas, com sua força, ajudaram a construir a cidade.
Ao então prefeito, o artista plástico contou o que diria o desbravador, caso ele falasse:
“Quando cheguei aqui só havia a floresta, dei meu sangue por esta terra. Construí. Dei condições para a vida de outros. Morri. Ressuscitei nos frutos da terra. Há em mim uma consciência clara do que fiz, mas sei também que tudo isso passa. Ficará apenas o amor que dei. Há em mim uma tensão imensa que me impede a procurar algo que transcenda os limites do meu ser. Ainda que insconcientemente luto pelo ‘Alto’, tenho sede do infinito.”
A estátua ainda traz outro significado: de um lado, as mãos para cima com as palmas viradas para a nova Maringá. Do outro, as nádegas apontando para o Maringá Velho. Dizem que os moradores do bairro não gostaram nada disso na época.
Henrique Aragão também fez três machados estilizados para a praça. Eles siginificam a abertura das matas e a chegada de um novo tempo em Maringá: a urbanização da cidade.
Além disso, a praça Sete de Setembro conta com um espaço subterrâneo. Poucos sabem, mas o local era para ter sido utilizado como museu do Maringá Velho. Ele chegou a armazenar algumas peças históricas, no entanto, várias inundações destruíram essas peças e o local acabou sendo esquecido.
