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24 de abril de 2024

Maringaense de 12 anos descobre câncer e dá exemplo de superação


Por Nailena Faian Publicado 13/03/2019 às 18h20 Atualizado 20/02/2023 às 12h20
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Tudo começou com uma dor no joelho que não passava. Na primeira consulta na rede pública, no fim de julho do ano passado, o médico disse que o inchaço no joelho direito da maringaense Ana Luiza Correia Zannin, de 12 anos, era devido a alguma pancada. Só que a dor se agravou e após consulta particular, exames e uma biópsia, a menina foi diagnosticada com osteosarcoma, um tipo de câncer ósseo, em setembro de 2018.

Os exames também constataram que o câncer tinha se espalhado para o pulmão, originando dois tumores. O tratamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) teria que ser realizado em Curitiba. A mãe, então, largou o emprego e foi para a capital com a menina que estava bastante debilitada, sem conseguir andar. O pai, autônomo, também largou tudo para cuidar da saúda da filha.

A dor que Ana Luiza sentia era tanta que nem morfina dava conta. Ela chegava a gritar de tanta dor, conta a mãe, Marta Alves Correia, de 42 anos. Em outubro, a menina começou a fazer quimioterapia. A maior parte do tempo dela é no hospital. Quando não está lá, fica na casa da tia.

A esperança era de o tumor necrosar. Só que quando chegou dezembro veio a notícia de que ela precisaria amputar a perna.

“Eu já chorei muito. Esse câncer é muito agressivo. Passei dias muito difíceis, principalmente quando foi amputar a perna. Mas era isso ou a vida dela. Entre uma perna e uma vida, você escolhe ter seu filho do seu lado”, diz a mãe.

A quimioterapia surtiu efeito nos tumores do pulmão, que desapareceram. No entanto, Ana Luiza precisa continuar em Curitiba e terminar o tratamento de oito meses fazendo quimioterapia.

“Ela está bem agora, conversa sobre o assunto, faz fisioterapia, não tem mais dor. Já dá uns passinhos no andador. Ela precisa adquirir força muscular e está tendo uma boa evolução. A expectativa é que voltemos para Maringá em maio. Só que os médicos não garantem que o câncer não vai voltar durante o tratamento ou depois”, conta Marta.

Após o tratamento ser concluído, vem a etapa da prótese. De acordo com a mãe, a que a filha precisa custa em torno de R$ 25 mil e a cada quatro anos é preciso trocá-la. Além disso, a cada um ano é preciso fazer manutenção que custa cerca de R$ 1 mil.

Em Maringá, a família mora no Jardim Copacabana e a menina estudava no Colégio Mater Dei. Na instituição, uma caixinha de doações foi criada e a comunidade escolar está contribuindo com doações.

“Ela tinha um cabelão na cintura e reagiu bem quando perdeu por conta da quimioterapia. Sobre a amputação da perna ela chorou muito. Tivemos que contar. Os médicos não aceitam fazer a cirurgia sem a pessoa estar ciente. Ela entrou em desespero. Mas hoje está bem, conversa sobre a situação. Acredito que a prova final será a volta para a escola, porque tudo que é diferente as pessoas olham”, teme a mãe.

Marta reclama do diagnóstico errado no SUS em Maringá. “A gente saiu de Maringá, o tumor no joelho estava com sete centímetros de diâmetro. Chegamos em Curitiba e já estava em 11 centímetro de diâmetro. Devido ao diagnóstico errado nós perdemos quase um mês e foi onde o tumor cresceu muito e as dores se intensificaram”, relata.

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