‘Foi a única opção que eu achei’, diz mãe que entregou filho à escola
A mãe que entregou o filho à escola nesta quarta-feira (20) em Maringá disse, em entrevista ao portal GMC Online, nesta quinta-feira (21), que “foi a única opção” que encontrou, já que está passando por problemas financeiros e psicológicos.
A mulher, de 27, anos, entregou o filho, de 8 anos, na escola municipal onde o menino estuda. O Conselho Tutelar foi comunicado, conversou com a mãe, e encaminhou a criança ao abrigo municipal, já que não conseguiu contato com o pai biológico.
“No momento as coisas não estão fáceis, estou com problemas psicológicos. Estava trabalhando como auxiliar de cozinha num restaurante, mas já fazem duas semanas que não consigo ir e deu uma apertada. Entrei em depressão”, diz.
A mulher está grávida de dois meses e mora com a irmã. Ela afirma que quer ter o filho de volta e, para isso, precisa terminar de construir a própria casa, que já está começada nos fundos do imóvel da irmã. “Somos em sete numa casa de quatro cômodos. Preciso terminar a minha casa. Ela já está quase toda erguida, falta erguer algumas paredes, colocar calha, chão, reboco”, relata.
A mãe conta que foi até a escola onde o filho estuda, na zona norte da cidade, nesta quinta-feira, e informaram que o menino está bem. “Foi muito difícil entregar ele, mas foi a única opção que eu achei, melhor do que jogar meu filho na rua”, lamenta.
Ela lembra que entrou em depressão após o ex-companheiro colocar fogo na casa em que ela morava com o filho. “Faz uns dois anos e meio que isso aconteceu. Ele não aceitava o fim do relacionamento. Foi depois disso que entrei em depressão”, recorda.
O Conselho Tutelar encaminhou o caso para a Justiça, que vai decidir o destino do menino.
Quem tiver interesse em fazer doações para a mulher pode entrar em contato com o Conselho Tutelar da Zona Norte pelo (44) 3901-1787.