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19 de abril de 2024

Cotas raciais podem ser aprovadas na UEM no Dia da Consciência Negra


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 20/11/2019 às 16h35 Atualizado 25/02/2023 às 01h32
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O 20 de novembro é celebrado como o dia da Consciência Negra. A data é atribuída ao dia em que Zumbi dos Palmares teria morrido, em 1695. Zumbi foi um dos principais líderes negros durante a escravidão no Brasil.

É em meio a um dia com essa carga simbólica que a Universidade Estadual de Maringá (UEM) irá votar nesta quarta-feira (20) a aprovação ou não das cotas raciais.

O Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) é quem avalia. São 144 professores, coordenadores de cursos de graduação e pós graduação. Para a proposta ser aprovada é necessário ter maioria simples.

Essa ação afirmativa já foi aprovada numa instância inferior, a Câmara de Graduação, no início deste mês . Houve discussões acaloradas e alteração da proposição original. Após muito debate, o que ficou decidido foi: 20% das vagas do vestibular para negros – grupo composto por pessoas pretas e pardas.

Dentro desse recorte, 15% devem, também, se enquadrar em critérios socioeconômicos como ter renda per capita de um salário mínimo e meio. É essa a proposta que o CEP votará.

Um ato está marcado por movimentos sociais durante a votação, na tarde de desta quarta-feira (20).

No Paraná, a UEM é a única universidade pública sem nenhum tipo de ação afirmativa para pessoas negras. O que a instituição tem é a cota social – que envolve critérios socioeconômicos.

A professora Marivânia Araújo, que faz parte do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-brasileiros, considera esse momento histórico: no dia 20 de novembro a UEM pode implementar o sistema de cotas raciais. É muito significativo, diz ela.

Ouça a reportagem na CBN Maringá.

Todos os anos entram três mil novos alunos na Universidade Estadual de Maringá. Desse total, 80% são brancos – o restante é composto por negros e indígenas.

Durante a votação no CEP, a proposta vinda da Câmara de Graduação será debatida. Segundo assessoria da universidade, pode haver alteração.

O professor Delton Felipe, do departamento de História da UEM, considera o sistema de cotas raciais como uma forma de buscar a igualdade.

Se for aprovado como está, o sistema de cotas raciais já passa a valer para o próximo vestibular. Daí, do total de vagas, 20% serão para cotas sociais e 20% para as raciais. O restante, para ampla concorrência.

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