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19 de abril de 2024

Coração captado em Maringá salva bebê de 10 meses


Por Nailena Faian Publicado 26/02/2019 às 11h30 Atualizado 20/02/2023 às 07h51
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Um coração captado em Maringá de uma criança que morreu agora pulsa em um recém-nascido de Ji-Paraná, em Rondônia. O transplante foi realizado na última quarta-feira (20) no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto (SP).

De acordo com o hospital, o doador tinha 7 anos e foi vítima de um trauma no crânio. O receptor, um menino de apenas 10 meses de idade, nasceu com um problema cardíaco e estava internado no local há três meses.

Na quarta-feira, o hospital de Rio Preto viveu uma experiência inédita na região noroeste do Estado. Dois transplantes de coração foram realizados em bebês em menos de 24 horas. Isso porque além do transplante feito com a doação de Maringá, houve um transplante em uma bebê, também de dez meses, que apresentava cardiopatia congênita e baixa expectativa de vida.

Foram, ao todo, 42 horas de trabalho de médicos e enfermeiros para que as cirurgias fossem bem sucedidas. Os bebês permanecem internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o estado deles era estável até o fechamento desta reportagem.

O primeiro coração compatível apareceu na terça-feira (19) e foi transplantado na bebê de São Carlos (SP). No dia seguinte, veio a notícia de que a doação de Maringá estava a caminho do hospital para o transplante do menino.

“É um milagre. Até brincamos com a Karina quando soubemos do coração da filha dela, dizendo ‘já pensou um transplante no dia seguinte do outro?’. E não é que veio! Não há felicidade maior! Fica a lição de que mesmo na tristeza, pode-se fazer outras pessoas felizes por meio da doação”, contou Demilso Silva, pai do segundo transplantado.

Dr. Ulisses Croti, chefe do Serviço de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica (Secccap), do HCM, ressaltou a importância da solidariedade para continuidade de muitas vidas.

“São 20 mil crianças por ano que nascem com algum problema cardíaco, todo ano no Brasil. Destas, nem metade recebem tratamento ou cirurgia adequada, por falta de vaga e equipes qualificadas. Por isso, queremos ampliar nossos trabalhos, para conseguir atender ao máximo de crianças, de maneira plena. E, para isto, também temos de ressaltar a importância da doação de órgãos. A vida depende disto”, frisou o cirurgião cardiovascular pediátrico.

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