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18 de abril de 2024

Maringá celebrou 11 casamentos homoafetivos neste ano


Por Nailena Faian Publicado 16/08/2018 às 20h00 Atualizado 17/02/2023 às 23h14
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Elas se apaixonaram em maio de 2017. Fecharam os olhos para qualquer tipo de preconceito e marcaram a cerimônia no cartório para maio deste ano.

O relato do casal, Naiara Iung Rodrigues e Maiara Rodrigues Iung, ambas de 26 anos, revela a falta de preparo dos cartórios para celebrar a união entre pessoas do mesmo sexo, que é permitida por lei desde maio de 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nova resolução.

“O procedimento é simples, é só levar a documentação padrão para qualquer casamento civil. O único desconforto que tivemos foi durante a cerimônia. Era visível que o tabelião não sabia casar duas pessoas do mesmo sexo. Acabou sendo uma cerimônia feia, ele errou bastante nossos nomes, mesmo sendo parecidos, ficou extremamente perdido, estava desconfortável com a situação”, descreveu Naiara.

No primeiro semestre deste ano, 926 casais registraram a união em cartórios de Maringá. Desses registros, 11 foram casamentos homoafetivos, sendo seis masculinos e 5 femininos. Os dados são da Associação dos Notários eRegistradores do Estado do Paraná (Anoreg-PR).

Não é possível fazer comparação com os anos anteriores, pois apenas em 2018 começou a existir diferenciação de casamentos homoafetivos, informou a Anoreg.

No Paraná, 28.034 pessoas se casaram no civil no primeiro semestre deste ano e 159 foram uniões homoafetivas. Foram 103 entre mulheres e 75 entre homens.

A mãe de Naiara e presidente da Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT), Margot Jung, disse, emocionada, que foi maravilhoso ver a filha realizar um sonho.

“Acho fantástico que as pessoas do mesmo sexo estejam se sentindo mais à vontade para casar. É uma representação muito boa de que as pessoas estão usufruindo dos direitos que têm de serem felizes com quem elas quiserem. Politicamente, esse direito veio com atraso. A luta por casamento igualitário existe há muito tempo”, comenta Margot.

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