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18 de abril de 2024

Criado em Maringá, ‘mini ovo’ é o pastel preferido na cidade


Por Luiz Santos e Nailena Faian Publicado 01/03/2019 às 12h00 Atualizado 20/02/2023 às 09h08
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Carne moída, metade de um ovo e queijo mussarela: este é o recheio do pastel preferido pelos maringaenses que passam pela Feira do Produtor, em Maringá. Os proprietários das duas barracas de pastel da feira, realizada no estacionamento do estádio Willie Davids, apontam o “mini ovo” como sendo o mais vendido. 

Esse pastel e o seu “nome de batismo”, “mini ovo”, foram criados em Maringá pela dona Luiza, esposa de Roberto Toshinobu Koyama, o homem que em 1968 montou a primeira barraca de pastel em uma feira livre da cidade. Antes, o pastel só era vendido na rua, naquelas cestas de vime.

“Na época só havia pastel de carne e de queijo. Só que meu pai notou que ia numa sorveteria, por exemplo, e havia vários sabores disponíveis. Então ele e a esposa resolveram criar novos sabores de pastel. Foi daí que surgiu o ‘mini ovo’ e o ‘enroladinho'”, explica filha do casal, Cristiane Koyama, sócia-proprietária do Pastel do Roberto’s.

O tal do “mini ovo” é difícil de encontrar em feiras de outras cidades. Em São Paulo, por exemplo, a maioria das feiras vende o pastel só com a carne. O ovo geralmente é ingrediente só daqueles pastéis especiais, que misturam carne, frango, queijo e tudo que tem direito.

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O professor e pesquisador de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Christian Fausto, explica que geralmente o nome de alguns alimentos é disseminado e mantido graças a uma tradição oral – como é o caso do “mini ovo”, que tomou conta de todas as feiras da cidade.

Enroladinho

Cristiane destaca que além do “mini ovo”, o enroladinho também faz muito sucesso porque não é encontrado fora de Maringá. 

“Teve uma mulher do Mato Grosso que comeu aqui uma vez. Ela ficou grávida e estava com desejo de enroladinho, mas não encontrou em lugar nenhum. Veio de lá para cá só para buscar 20 enroladinhos”, lembra. 

O enroladinho é um pastel cujo recheio é um hambúrguer, só que comprido e não redondo.

Na feira

Paulo Pimenta é dono da barraca Paulo Pastéis há 24 anos. O pasteleiro relata que, às segundas e quartas-feiras, começa a fazer a massa e realizar a montagem dos pastéis às 4h. Pimenta fica na Feira do Produtor nestes dias das 16h à 21h. Os salgados são fritos no local. Ele diz que o número de pastéis vendidos por dia varia entre 600 e 800 – e o preferido é mesmo o “mini ovo”.

Aos sábados o funcionamento da barraca é das 5h às 10h30. O proprietário explica que seus funcionários são freelancers – no dia em que a reportagem visitou o local haviam 9 pessoas trabalhando. Paulo diz, ainda, que também monta a barraca em eventos como saída de formaturas e festas juninas.

Yoshihiro Takahashi é sócio-proprietário da Cia do Pastel, barraca que está há quase 30 anos na Feira do Produtor. Na Cia do Pastel, 25 pessoas trabalham na produção dos salgados, que são montados e fritos na hora. E adivinhem:

“O sabor mais vendido em nossa barraca é o ‘mini ovo'”, garante.

O funcionamento da barraca durante as segundas e quartas-feiras é das 16h às 22h. Nos sábados, ela funciona das 5h às 11h. Takahashi comenta que sua barraca é montada apenas na Feira do Produtor.

O “mini ovo” é vendido por R$ 7 nas duas barracas. Além dele, há pastéis com recheio “especial”, de carne, frango, palmito, “pizza” e queijo.

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