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25 de abril de 2024

Pinheiros: 1 ano após ser MVP pelo Maringá, Mãozinha é campeão da LDB


Por Chrystian Iglecias Publicado 30/09/2019 às 20h15 Atualizado 24/02/2023 às 10h45
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“MÃOZINHAAAA!”

Podemos dizer que esta pseudo-onomatopeia foi uma das mais usadas pelo narrador da transmissão oficial das finais da LDB 2019. Afinal, o dono deste apelido tratou de enterrar, literalmente, qualquer dúvida sobre seu futuro promissor no basquetebol. 

Carioca de 2 metros de altura, João Marcello Pereira, o agora ilustre Mãozinha, 19, poderia muito bem adotar o nome “Catedral” na camiseta. A ideia faz ainda mais sentido quando olhamos para o passado recente do atleta. 

Na temporada passada, o agora camisa 5 do Pinheiros, novo campeão do torneio que é considerado o celeiro do basquete brasileiro, participou da competição vestindo a camisa verde e branca da Associação Desportiva e Recreativa de Maringá (ADRM). “Participou” chega a ser desrespeito. Na real, Mãozinha arrebentou e foi escolhido o Jogador Mais Valioso (MVP) da temporada da Liga de Desenvolvimento. 

Em janeiro, o portal GMC Online noticiou em primeira mão a ida de Mãozinha e de Jamison Junior para o EC Pinheiros, um dos clubes poliesportivos mais tradicionais do país. Àquela época, o desafio parecia grande. Neste fim de semana, porém, Mãozinha demonstrou ao Brasil o por quê de ser a Catedral da nova geração do basquete paulistano.

Primeiro, no “sextou” (27), mandou “o veneno da jararaca” contra o todo poderoso Flamengo, marcando 21 pontos e quase chegando ao duplo-duplo, com 9 rebotes. Depois, neste domingo (29), instaurou “o caos” com duas cravadas de cinema para levantar a torcida na Grande São Paulo. No fim, vitória do Pinheiros por 71 a 65 e bicampeonato para os paulistas. 

Se eu fosse o entrevistado e ele o estagiário engraçadinho, eu diria: “Que desafio é maior do que uma Catedral imponente?”. Mas Mãozinha é bem mais modesto. Em contato com a reportagem horas depois do Pinheiros fazer a festa na quadra do Ginásio Antônio Prado Jr, no bairro nobre do Jardim Paulista, “o craque da camisa número 5” detalhou suas emoções após tamanha vitória.

“Ter ganhado esse título traz o sentimento de conquista, de ter alcançado algo grande. Ser campeão da LDB é uma sensação indescritível. Acordei hoje e pensei: não tem preço no mundo que compre o sentimento de você ter treinado o ano inteiro e ser reconhecido no final com uma medalha dourada e ainda por cima invicto”, disse Mãozinha,

“Não é fácil e com certeza foi algo que tivemos que ‘nos matar’ desde o início do ano para conquistar. É um sentimento de suor bem suado, e não tem como descrever”, completou.

Rumo ao NBB?

Com o protagonismo alcançado nas finais da Liga de Desenvolvimento, Mãozinha certamente se credencia a ser observado de perto e, quiçá, ter chances de mostrar seu valor no time principal, que disputa o Novo Basquete Brasil.

Jogadores como Ricardo Fischer, hoje no Corinthians e com passagem pelo Flamengo, e Gegê, pentacampeão da Liga Nacional e recém-contratado pela equipe de Pato Branco, são alguns nomes que saíram da LDB. Já jovens como Bruno Caboclo e Cristiano Felício foram ainda mais longe, indo parar na NBA.

“Nao sei o que pode acontecer comigo na próxima temporada. Meu pai, por ser atleta, me ensinou uma coisa: se eu estou num time ,devo fazer de tudo por aquele time. Se eu for mudar ou não, não importa no presente. O que importa é sua entrega no momento para o time e dar seus 200%. Ganhar esse título leva todos a ter mais confiança em si mesmos, e acredito que iremos voltar diferentes para o final do paulista sub-19 e, quem sabe, um NBB”, analisou Mãozinha, deixando o futuro em aberto.

 

Maringá

Apesar da falta de recursos para competir com os gigantes, Maringá e sua Associação serviram de trampolim para a carreira de Mãozinha. Por ser uma cidade com pouca tradição no basquetebol e que ainda engatinha rumo a vôos mais altos, Mãozinha já pode até se considerar uma figura ilustre do basquete da Cidade Canção. Afinal, foi aqui que o atleta se mostrou para o Brasil.

Hoje jogador de time grande e de seleção brasileira sub-21, o ala-pivô não se esquece do legado que a ADRM deixou em sua vida, e vice-versa. 

“É muito legal ver que um time que passei reconhece meu trabalho e sacrifício. Nunca fiz nada pra mim, mas sim pro grupo e acredito que isso possa ter influenciado nas amizades que mantenho até hoje. Não acho que sou o melhor exemplo de jogador que se pode dar, já que ainda não sou ninguém comparado aos grandes gênios do basquete, até mesmo nacionais. Mas tento ao máximo ajudar quem esta a minha volta em qualquer coisa que precisarem”, afirmou Catedral. Perdão, Mãozinha. Mas podem chamar de “campeão”.

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