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25 de abril de 2024

Jovem paranaense se destaca no cenário internacional do parkour


Por Chrystian Iglecias Publicado 10/07/2019 às 18h15 Atualizado 23/02/2023 às 11h12
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Você, muito provavelmente, não tem conhecimentos aprofundados sobre o parkour, mas certamente já ouviu falar deste esporte. Baseado em ultrapassar obstáculos, de maneira rápida e segura e a partir do próprio corpo e suas capacidades, o Parkour vai muito além de pular muros, barras ou traves.

A alma da modalidade está na autossuperação e, como em qualquer outro esporte, na qualidade de vida.

E a paranaense Camila Stefaniu, conhecida no meio do parkour como Camilinha, já fez história na modalidade e, apesar de ter apenas 16 anos, é hoje a mais influente atleta deste esporte em todo o Brasil, sendo a única garota latino-americana a conquistar pódios internacionais.

Praticante do esporte desde os oito anos de idade, ela se tornou em 2017 a primeira atleta, entre homens e mulheres, a competir profissionalmente. Atualmente, Camila é a única atleta feminina do Brasil a disputar competições fora do país.

A jovem nasceu em Cornélio Procópio, mas se mudou para Curitiba aos 14 anos de idade, em busca de mais estrutura e reconhecimento. Ela se apaixonou pelo esporte ao assistir um documentário inglês intitulado “Jump London”, que elencava fundadores da modalidade e foi transmitido em certa ocasião em rede aberta.

Atualmente, Camilinha treina com o apoio da professora de educação física Raíssa Chagas. O sonho da jovem é se tornar a melhor atleta de parkour do mundo. A barreira maior, literalmente, é a dificuldade na busca por patrocínios, um mal que afeta milhões de atletas talentosos no brasil e no mundo.

“Desde quando comecei a treinar, a falta de visibilidade do esporte me afetou. É um acúmulo de coisas que acabam dificultando o crescimento. A dificuldade de conseguir apoio é algo que por muitas vezes desanima nessa ‘luta’, já que pra participar de competições, viajar e conseguir fazer um bom trabalho, é preciso de patrocinadores e afins. Pela prática ainda ser muito apagada no cenário nacional, muita gente abre mão de um bom projeto por falta de retorno por conta da visibilidade do parkour”, afirmou Camila Stefaniu em contato com o portal GMC Online nesta quarta-feira (10).

https://www.instagram.com/p/BzTFUgaA5Q4/

Em sua curta carreira até aqui, a procopense já coleciona feitos. Sua primeira conquista veio em 2017, em Las Vegas, quando disputou o “Jump Off” e conseguiu a primeira colocação na categoria style (que leva em conta critérios como acrobacias, dificuldade, execução, fluidez e criatividade) e a segunda colocação na categoria speed (onde a atleta que conseguir completar um percurso em menos tempo vence a prova).

No mesmo ano, Camilinha disputou o Air Wipp Challenge, uma das principais eventos do parkour. Na Suécia, ela terminou na sétima colocação. Já em 2018, ela foi campeã do USA Parkour Cup tanto na categoria speed quanto na style. Neste mesmo ano, a jovem foi terceira colocada no North American Parkour Championship, competição disputada no Canadá.

Já neste ano, Camila viajou até Eindhoven, na Holanda, e voltou para o Brasil com duas conquistas. Ela venceu duas das três competições que disputou em solo europeu, no “Own The Spot” – em português, “conquiste o espaço”.

E Camilinha literalmente conquistou espaço. Recentemente, a atleta prodígio do parkour nacional foi escolhida para participar da competição que, segundo ela, é a mais importante até o momento em sua carreira: é o Aurora Games, evento que será realizado em Nova York e terá transmissão dos canais ESPN.

“Em relação a transmissão de TV, de reconhecimento do público, eu nunca disputei um campeonato desta relevância”, contou Camilinha.

O Aurora Games será realizado entre os dias 20 e 25 de agosto. Além do parkour, esportes como basquete, tênis, ginástica, hóquei no gelo, skate, vôlei de Praia e tênis de mesa também estarão presentes no evento.

O formato da competição é The Americas vs The World, ou seja, os atletas da América do Sul, Central e do Norte disputarão contra os atletas vindos do resto do mundo.

O torneio de ginástica engloba as modalidades tumbling, ginástica artística, ginástica rítmica e parkour. Todos disputarão juntos em uma única noite. Para o parkour, foram escolhidas duas atletas das Américas e outras duas do resto do mundo.

“O campeonato vai ser disputado por equipes, mas a premiação final será individual. Por exemplo: se eu ganhar, recebo o primeiro lugar sozinha, e não coletivamente com o time das Américas”, explicou Camilinha.

A jovem tem contrato de patrocínio até setembro com uma empresa curitibana. O acordo, porém, será rescindido, e Camila está à procura de novos apoiadores.

“Precisamos de patrocínio justamente para ter fundo monetário para conseguir ir nessas viagens. Eles falaram meio que de última hora que o contrato acabaria em julho, mas conseguimos prorrogar até setembro. Depois, temos que buscar outro patrocinador”, afirmou a jovem.

Com ou sem auxílio, como muitas vezes ocorre no Brasil, o talento e a determinação costumam sobressair. No que depender da capacidade individual, a menina prodígio de Cornélio Procópio seguirá, literalmente, superando barreiras por aí.

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