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25 de abril de 2024

Bicampeão mundial, Medina ganha status de herói e segue passos de Guga


Por Chrystian Iglecias, especial para GMC Online Publicado 27/12/2018 às 18h00 Atualizado 19/02/2023 às 12h46
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O surfista Gabriel Medina, de 25 anos, conquistou no último dia 17 o seu segundo título mundial, nas clássicas ondas tubulares do Havaí. Após fazer história em 2014, ao se tornar o primeiro brasileiro e ao mesmo tempo o primeiro sul-americano a conquistar o Mundial de Surfe, Medina tratou de repetir o feito ao faturar o Billabong Pipeline Masters, a última das 11 etapas do tour.

O feito de Medina, para muitos, lembra a trajetória de outro grande referente da história do esporte brasileiro: o ex-tenista catarinense Gustavo Kuerten, o Guga. Natural de Florianópolis, Guga encheu os olhos do mundo e orgulhou o Brasil ao vencer três Grand Slams, todos em Roland-Garros (1997, 2000 e 2001), além de liderar o ranking mundial da ATP por 43 semanas durante a carreira. Não à toa, o brasileiro foi o primeiro atleta a ser eleito embaixador do Aberto da França.

“Guga e Ayrton são caras que admiro e servem de exemplos. Se eu me dedico e faço de tudo para representar o Brasil, foi vendo esses caras. Vejo filmes e li livros. Não tem como me comparar com eles, mas estou fazendo meu melhor. Tento fazer de tudo para representar nossa bandeira”, ressaltou em entrevista coletiva no dia 22, em um hotel na zona sul de São Paulo.

Medina comparou o papel do surfe em sua vida com o do tênis na vida de Gustavo Kuerten.

“O surfe mudou minha vida, o tênis mudou a vida do Guga”, comentou. “Eu era só um menino que sonhava como muitos outros e pude dar alegria para minha família e para o meu país”, destacou.

Quem tem propriedade para falar sobre Guga e Medina é o locutor da WSL Klaus Kaiser, que cobre todos os eventos do circuito mundial de surfe desde 2009. Kaiser, de 50 anos, é catarinense como Guga, apesar de forte ligação com o Rio Grande do Sul, e acompanha o surfe há 37 anos.

“São dois ídolos que o Brasil tem, e em épocas em que o país estava carente de ídolos e eles preencheram a lacuna. O Brasil tinha perdido o Senna há três anos quando o Guga surgiu. No caso do Medina, foi logo após ao 7 a 1. O Guga e o Gabriel resgataram o espírito vencedor, de garra do brasileiro, criando uma aura muito grande de confiança com o público”, afirmou Klaus, à reportagem.

Com relação à personalidade de ambos os atletas, Kaiser as avaliou como bastante diferentes, quase opostas.

“Morei em Florianópolis por 10 anos, coincidindo com a fase áurea do Guga. Ele é um cara bem mais aberto, exala sorrisos. O Medina é uma pessoa sensacional, porém é mais reservado.”

No que diz respeito a status, estaria Gabriel Medina no patamar de Gustavo Kuerten? Kaiser considera o surfista um superstar, o que segundo ele é comprovado pelo número de seguidores que o paulista tem nas redes sociais.

Atualmente, Medina é o surfista de números mais expressivos no Instagram com 6,8 milhões de seguidores, quase o triplo do que possui o americano Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e considerado de forma praticamente unânime o maior surfista de todos os tempos. Ao descrever Medina, Kaiser é curto e grosso.

“Ele é o cara!”, vibra o locutor.

A temporada de 2018, por sinal, foi a melhor da história do surfe brasileiro. Em ascensão nesta década, o Brasil esteve no lugar mais alto do pódio em três das últimas cinco edições do CT (Championship Tour) da World Surf League. Além dos dois títulos de Medina, o país também vibrou com Adriano de Souza, o Mineirinho, em 2015.

Na edição de 2018, inclusive, nove das onze etapas do circuito foram vencidas por surfistas brasileiros. O campeão Medina e o quarto colocado Ítalo Ferreira lideraram com três troféus cada, com Filipe Toledo (com 2) logo atrás.

Para completar, Jesse Mendes, natural do Guarujá, foi o vencedor da Tríplice Coroa Havaiana – a junção dos três eventos de fim de ano no Havaí, incluindo o Billabong Pipe Masters, além do evento de Haleiwa e o de Sunset Beach.

Com Folhapress.

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