Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

19 de abril de 2024

Relembre o dia em que um jogador morreu em campo no Willie Davids


Por Chrystian Iglecias, com Projeto Maringá Histórica Publicado 23/07/2019 às 19h35 Atualizado 23/02/2023 às 14h21
 Tempo de leitura estimado: 00:00

17 de setembro de 1978 foi certamente o dia mais triste do Estádio Regional Willie Davids, em Maringá. Nesta data, ocorria a maior fatalidade já presenciada pela Cidade Canção quando nos referimos ao futebol local.

Aos 43 minutos do primeiro tempo da partida entre Grêmio de Esportes Maringá e Colorado (time que deu origem ao Paraná Clube), pelo Paranaense daquele ano, o zagueiro adversário Valtencir sofreu um choque involuntário do meia-esquerda Nivaldo, grande destaque do título estadual conquistado pelo GEM um ano antes, e caiu com dores no gramado.

Após o lance, Valtencir foi levado de ambulância ao hospital, mas foi dado como morto ainda dentro do veículo pela equipe do doutor Carlos Eduardo Sabóia. No segundo tempo, a notícia já circulava entre os jogadores, o que fez Nivaldo ser internado em estado de choque no mesmo hospital para onde o companheiro de profissão havia sido transportado. O jogo estava empatado quando foi interrompido, e foi remarcado para o dia 25 de outubro, com vitória do Grêmio por 1 a 0.

Assistindo à jogada, parece um choque realmente forte no rosto de Valtencir, porém não era possível imaginar que tamanha tragédia estaria por acontecer. O problema maior não foi o choque em si, mas a queda. Ao cair de mau jeito, o zagueiro sofreu uma ruptura da coluna cervical.

Valtencir morria aos 31 anos, tendo disputado 458 jogos pelo Botafogo – é o quarto atleta que mais vestiu a camisa da estrela solitária em toda a história. O fato, claro, foi o centro das atenções de toda a mídia esportiva nacional, e rendeu capas de jornais como O Globo, além de reportagem no Jornal Nacional com narração do lendário Cid Moreira.

O ex-zagueiro nasceu em Juiz de Fora (MG), em 1946, e estreou no profissional do Botafogo em 67, numa partida diante do Atlético-MG, no Maracanã, válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa – que depois viria a ser reconhecido pela CBF como o Campeonato Brasileiro da época. Pelo Fogão, Valtencir foi bicampeão carioca em 67 e 68, e campeão brasileiro (Taça Brasil) em 68. Em sua trajetória pelo alvinegro carioca, o beque marcou seis gols.

Após nove anos no Botafogo, Valtencir teve uma rápida passagem pela Venezuela, antes de ir jogar no Colorado.

Confusão com o nome

Após muitos anos de sua morte, foi revelado que a mídia escrevia o nome de Valtencir errado. Na verdade, ele era Waltencir, com “W”. Atualmente, o ex-atleta é chamado pelo seu nome correto, porém, enquanto jogava, ele era conhecido como Valtencir com “V”, por isso a escolha por esta nomenclatura na matéria.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação