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20 de abril de 2024

Maringá FC deve subir “quatro ou cinco” jovens do sub-19 para 2020


Por Chrystian Iglecias Publicado 26/08/2019 às 19h10 Atualizado 24/02/2023 às 00h43
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Com a decepção que foi o ano de 2019, o Maringá FC já está sem entrar em campo há mais de dois meses. Para piorar, mais sete virão, já que a Divisão de Acesso do estadual de 2020 se inicia apenas no mês de abril. Para matar um pouco a saudade de ver o time em campo, a torcida agora apoia as categorias de base, que fazem bonito no Paranaense.

No último sábado (24), o sub-19 venceu um clássico vital diante do Londrina. Humilde, o time reconheceu a inferioridade com relação ao rival, e jogou no erro do adversário. Com uma engrenagem defensiva bem posicionada e intensa, o Maringazinho não sofreu nenhum gol na partida e contou com um inspirado Lucca e um oportunista João Gabriel para marcar o tento da vitória, ainda no primeiro tempo.

A partida foi válida pela rodada de abertura da terceira fase, já apenas com os oito melhores vivos na competição. No grupo de Londrina, Paraná e Independente de Pinhais, o MFC conquistou três pontos que podem ter colocado o time na semifinal, ainda que faltem cinco jogos para que possamos conhecer os quatro melhores times sub-19 do estado.

Base consolidada

A gestão atual do Maringá, responsável por recolocar o clube nos eixos após a primeira queda para a segundona do Paranaense, em 2016, sofreu o grande baque destes três anos ao ver o time cair outra vez e não se classificar para a Série D. Com apenas a Divisão de Acesso no horizonte, o planejamento do clube inclui promover quatro ou cinco atletas do sub-19 na equipe principal para 2020.

Sem Gui Santos, negociado com o Cruzeiro, nomes como o meio-campista Gustavo, que chegou a ser utilizado por Antônio Picoli no início da Taça Dirceu Krüger, e o capitão Elivelton, parecem certos no elenco de cima no próximo ano. Para as outras vagas, os laterais Lucca e Sávio, o centroavante Gui Sales e o zagueiro José despontam como maiores postulantes.

Técnico e dono de um bom porte físico, Gustavo toma conta do meio-de-campo no sub-19. O atleta, que já está integrado ao elenco profissional desde o início de 2019, tem o passe e o vigor como principais características. A retenção de bola também é um dos pontos fortes de seu jogo.

Beque de estatura alta e biotipo esbelto, porém forte, Eliveton é o famoso zagueiro raiz. “Sem Risadinha”, o camisa 3 não brinca em serviço e costuma dar o tão criticado – e eficiente – chutão quando vê uma situação de gol do time adversário.

No futebol moderno, cada vez menos se aparece este tipo de jogador. Além de jogar “feio” para o bem da equipe, Elivelton é um líder nato. Compra brigas, se for necessário. Até gols ele faz. Por ser alto, o cabeceio é uma característica forte – como mostrou no jogo diante do Verê, marcando o gol que abriu o placar.

O lateral-esquerdo Lucca é o tradicional ala. O jovem, nascido em 2001, costuma apoiar bastante o ataque e está se destacando no Paranaense devido à suas assistências. Nos jogos diante de Verê e Londrina, Lucca foi responsável pelo passe de três dos quatro tentos maringaenses.

Dono de uma canhota venenosa, o camisa 6 tem o cruzamento para a área como sua principal característica. Disciplinado taticamente, ele coopera com o sistema defensivo, como o futebol pede a um jogador de sua posição. Quando vai ao ataque, todavia, Lucca chama a atenção pela inteligência e verticalidade. Pesa contra ele o biotipo ainda adolescente, com menos massa muscular do que alguns “concorrentes”.

Sávio, o lateral pela direita, é mais preparado fisicamente, porém possui menos qualidade técnica. Mais marcador, ele quase não aparece, mas é essencial para o esquema do técnico César Gaúcho. Seguro, Sávio quase não erra. É o equilíbrio de Lucca, que fica mais solto para as investidas ofensivas.

O companheiro de zaga de Elivelton, José, é também um dos que podem estar se direcionando para realizar o sonho de disputar uma partida no profissional. Com muita raça e mais técnica do que o companheiro, ele é quem equilibra o capitão, assim como Sávio faz com Lucca.

Outro que pode pintar é o camisa 9 Gui Sales, artilheiro do time no estadual sub-19. Apesar de ser menos participativo do que os companheiros de ataque, Sales é o típico centroavante que “guarda” quando ela, a bola, se oferece para ele dentro da área. Em boa posição para subir, o atleta promete ser um titular a longo prazo.

Neste cenário, no entanto, carregará consigo a pressão de suceder nomes como o predador Cristiano (sem clube) e Bruno Batata (hoje, no Operário), jogadores que se destacaram em sua posição nos últimos cinco anos.

Fala, Samurai!

Quem está bastante contente com a evolução do Maringazinho sub-19 é o mundialista Alex Santos, coordenador técnico das categorias de base desde março deste ano, em fusão com seu instituto. Aos microfones do portal GMC Online, o ex-zagueiro maringaense naturalizado japonês, deu uma declaração que certamente animará os jovens atletas.

“Pelo jogo de hoje (sábado), acho que podemos jogar com o sub-19 em 2020, por quê não? (risos). Se a gente quiser formar atletas, devemos dar oportunidades para a molecada. Eles vão atrás dessa oportunidade, eu duvido que alguém queira mais que eles. Vamos nos esforçar, quanto mais atletas subirem para o profissional, melhor”, afirmou o ex-atleta, que disputou a Copa de 2006 pela seleção japonesa.

 

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