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19 de abril de 2024

Em meio à Copa, time de futebol feminino do Seleto está de volta


Por Chrystian Iglecias Publicado 24/06/2019 às 18h55 Atualizado 23/02/2023 às 02h57
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Junho de 2019 vem sendo o mês da revolução no futebol feminino. Com estádios lotados e cobertura midiática intensa, a Copa do Mundo realizada na França é um marco na história quando se fala em visibilidade no jogo das mulheres.

Falando somente de Brasil, pela primeira vez a maior emissora do país transmitiu ao vivo todas as partidas da seleção feminina no Mundial. Antes, esta mesma emissora só havia transmitido jogos das mulheres no Pan Americano de 2007 e nas Olimpíadas de 2016, ambos os eventos realizados no Rio de Janeiro.

E em meio à “Copa das Copas” do futebol feminino, o Maringá Seleto Clube, associação fundada por Edson Lambari em 1997, decidiu retomar as atividades relacionadas à modalidade. Já foram realizados dois treinamentos no campo da UEM, ainda sem subdivisões por idade. De acordo com a presidente do Seleto, Suzana Souza, cerca de 20 meninas participaram dos primeiros treinos.

“Não estamos fazendo seletiva. Todo mundo que tem aparecido lá tem participado dos treinamentos. A mais novinha tinha 13 ou 14 anos. É um projeto ainda no início e muito prematuro”, afirmou Suzana.

O futebol de campo feminino foi deixado de lado pelo Seleto há aproximadamente 15 anos, por falta de apoio. De lá pra cá, a associação resolveu focar no futsal, cujo time feminino disputa a Série Ouro do Paranaense, e o masculino joga a Prata.

Em conversa com o portal GMC Online, o fundador e atualmente diretor do Seleto, Edson Lambari, comentou sobre a volta do time feminino da associação e também sobre o bom momento do futebol feminino como um todo.

“Quatro anos atrás, a CBF voltou a falar com a gente. Queriam que montássemos um time no Paraná. Não nos interessamos porque a gente tinha que se vincular a um time profissional. Há dois anos, voltaram a conversar de novo com a gente e ultimamente eles vêm insistindo muito pra disputarmos o Campeonato Paranaense, e já a 2ª divisão do Brasileiro”, afirmou Lambari.

 “O machismo acabou, não tem mais como. Tem que abaixar a guarda e ver que hoje as mulheres comandam o futebol no mundo. Hoje nós temos a melhor jogadora do mundo seis vezes e ninguém vai conseguir, ainda mais um brasileiro. E ainda temos a maior artilheira da história das copas, e pra alcançar vai ser difícil também”, defendeu.

Você sabia? Seleto já foi campeão paranaense e revelou jogadoras para a seleção feminina

Devido à escassa divulgação do futebol feminino, poucos se lembram de que o Seleto já foi campeão paranaense na modalidade e fez parte do processo de formação de jogadoras de seleção brasileira.

O título estadual veio no ano de 2000, em parceria com o Grêmio Maringá. De acordo com a revista Série Z, a primeira fase da competição foi disputada em turno e returno e a final foi em dois jogos. Grêmio Maringá/Seleto, União Ahú, Novo Mundo, Vila Áurea, Colombo, São José (dos Pinhais), São Paulo (Curitiba), Foz do Iguaçu, Londrina e América (Ponta Grossa) eram algumas da equipe que participaram do Paranaense Feminino daquele ano.

No elenco campeão, comandado por Lambari, a goleira era Andreia Suntaque. Áquela altura, ela já defendia a Seleção Brasileira. Com a camisa do escrete nacional, Andreia conquistou duas medalhas de prata olímpicas – em 2004, em Atenas, e em 2008, em Pequim – e dois ouros nos jogos Pan-Americanos – em 2003, em Santo Domingo, e em 2007, no Rio.

Além dela e de outras jogadoras, a volante Thaísa, que disputou a Copa do Mundo pela seleção brasileira e fez o gol de honra na eliminação para a França, neste domingo (23), também passou pelas mãos de Edson Lambari e do Maringá Seleto Clube. Foi em 2004, já nos últimos momentos do time, que agora volta para resgatar a esperança das meninas maringaenses de poder jogar competições importantes por um time da cidade.

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