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24 de abril de 2024

Com denúncia, lesão e corte, Neymar vive inferno de 13 dias na seleção


Por Folhapress Publicado 06/06/2019 às 17h05 Atualizado 22/02/2023 às 18h20
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O corte de Neymar da seleção brasileira, na madrugada desta quinta-feira (6), após uma ruptura ligamentar no tornozelo direito durante a partida contra o Qatar, em Brasília, foi o desfecho de 13 dias bastante turbulentos para o atacante da seleção.

No período, Neymar até recebeu apoio de torcedores brasileiros, como no amistoso desta quarta (5), mas o número de reveses foi bem maior e contemplou desde a perda da braçadeira de capitão a uma acusação de estupro em Paris, que lhe rendeu duas investigações no Brasil.

Uma delas é pela suposta violência sexual, e a outra, por crime de informática. Ao se defender da primeira, ele expôs conversas com a denunciante. Nelas, foram exibidas imagens da mulher nua e seminua – com o rosto e partes íntimas borradas.

Neymar se juntou à seleção brasileira no dia 25 de maio, com três dias de antecedência do que estava inicialmente previsto, após chegar de helicóptero à Granja Comary, em Teresópolis.

O adiantamento causou polêmica no PSG. O técnico da equipe, Thomas Tuchel, disse não ter sido avisado da liberação, que só foi informada à direção do time francês.

O atacante desembarcou no CT da CBF sob desconfiança. Algumas semanas antes, ele havia agredido um torcedor depois de derrota do PSG contra o Rennes, na final da Copa da França. A expectativa era se, após o incidente, Tite iria lhe tirar a faixa de capitão da seleção.

No domingo, 26 de maio, o atleta foi informado pelo treinador da perda da braçadeira, conquistada logo depois do revés da equipe na Copa do Mundo da Rússia. Neymar encarou o fato com naturalidade e evitou comentar. O amigo Daniel Alves herdou a capitania.

Três dias depois, Neymar treinava normalmente com a seleção brasileira quando deu o primeiro susto: sentiu dores no joelho esquerdo e deixou a atividade. Antes disso, havia levado uma bola por entre as pernas de Weverton, lateral de 19 anos do Cruzeiro convidado para completar os treinos da seleção principal.

Mas a parte mais séria ainda estava por vir. Já recuperado do susto no joelho, Neymar estava de folga no dia 1º de junho quando veio à tona uma denúncia. Uma mulher registrara boletim de ocorrência em São Paulo acusando-o de estupro em Paris, no dia 15 de maio.

O caso se tornou público e tumultuou o ambiente da seleção brasileira. No mesmo dia, em resposta, Neymar postou um vídeo em seu perfil no Instagram para se defender da acusação.

No vídeo de sete minutos, o jogador divulgou imagens íntimas da mulher que o acusa, na época ainda desconhecida. No fim da gravação, ele expôs também o nome da denunciante e de seu filho de cinco anos. O teor da mensagem assustou seus patrocinadores.

Na segunda (3), a Nike divulgou comunicado em que se dizia estar “profundamente preocupada” com as acusações. A Mastercard seguiu o mesmo caminho e, inclusive, interrompeu campanha publicitária que estava prevista com o jogador durante a Copa América. A Red Bull e a EA Sports também cobraram os representantes do atleta por uma posição.

Em meio ao turbilhão, Neymar ganhou o apoio dos torcedores brasileiros que o aguardavam na chegada da seleção em Brasília, na terça (4). O atleta foi o mais ovacionado no desembarque. O carinho continuou enquanto ele esteve em campo durante o amistoso contra o Qatar. Cada toque na bola do jogador resultava em aplausos e gritos.

Pouco antes da partida, contudo, a polêmica em torno das acusações havia aumentado. A modelo Najila Trindade falou publicamente sobre o caso pela primeira vez, em entrevista ao SBT, e reforçou a acusação de estupro contra o jogador. Segundo a denúncia dela, a agressão sexual começou após ele ter se recusado a utilizar preservativo.

Nesta quarta, também circulou em redes sociais um vídeo do dia seguinte ao suposto abuso, com confronto físico entre o atleta e a modelo. Quase simultaneamente, em Brasília, com menos de 20 minutos de partida, Neymar sentiu o tornozelo e deixou o gramado, às lágrimas. Teve a lesão no tornozelo confirmada e foi cortado da Copa América horas depois.

Na manhã desta quinta (7), ele entrou em uma van e deixou, acompanhado do pai, o hotel onde estava com a seleção.

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