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26 de abril de 2024

Após doping, ídolo do Maringá FC prepara ‘volta por cima’


Por Redação GMC Publicado 28/07/2018 às 13h43 Atualizado 17/02/2023 às 20h14
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‘Fazer gol é um dom que Deus me deu e não posso deixar isso acabar.”

Aos 30 anos, o atacante Cristiano Lopes já conquistou carinho da torcida do Maringá FC com dribles, disposição em campo e um punhado de gols. Mas, é fora das quatro linhas que ele está encarando o duelo mais duro de sua carreira. Flagrado em exame antidoping, ele convive com a agonia de não poder exercer a sua paixão e profissão, mas garante que está pronto para dar a volta por cima.

Cristiano foi punido pelo Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP) por doping positivo, quando defendia o Oeste (SP), no Campeonato Paulista 2016. No resultado analítico do jogador foram encontrados agentes de anabolizantes com diversas substâncias proibidas.

“Eu estava no Oeste de Itápolis disputando o Estadual, o Paulista Primeira Divisão. Aí tive uma lesão no tornozelo e fiquei quase o campeonato inteiro sem jogar. Para voltar antes, tomei uma substância para emagrecer rápido e assim poder voltar a jogar, mas infelizmente a substância caiu no doping”, explica.

“Estou pagando por esse erro. Com certeza estou muito arrependido porque a gente que vive do futebol não ia fazer algo que prejudicasse a carreira. Mas errar é coisa do ser humano estamos sujeitos a isso”, lamenta.

Até 2020

A pena imposta a Cristiano pelo TJD/SP foi de dois anos. Com essa punição, ele estaria liberado para voltar a treinar dia 10 de abril deste ano. O jogador, inclusive, chegou a realizar algumas atividades no CT do Maringá FC, com a possibilidade real de integrar o elenco.

Entretanto a Autoridade Brasileira de Controle de Doping (ABCD) recorreu da decisão do Tribunal de São Paulo, pedindo o aumento da suspensão de dois para quatro anos. A Justiça acatou o pedido e a punição foi estendida até 10 de abril de 2020.

“Minha família e eu ficamos muito surpresos. O (Paolo) Guerrero, por exemplo, poderia pegar quatro anos (de suspensão) e não vai cumprir praticamente nada. Contratei uma advogada e passei a situação para ela, que está analisando o caso para ver se consegue reverter ou diminuir um pouco a pena”, comenta o jogador, que revela o desejo de voltar a atuar no Maringá.

“É um clube que tenho um carinho muito grande e que me identifico nas quatro linhas. Sem contar que lá tenho o apoio da torcida e das crianças. Isso é o que mais motiva a vestir essa camisa e se doar dentro de campo. Acho que por isso as minhas passagens por aí foram sempre vitoriosas”, afirma ele, que atualmente mora em Três Lagoas (MS).

Agonia

Enquanto nenhuma novidade sobre o seu caso acontece, resta a Cristiano esperar. “Tem dias que eu fico agoniado. Os dias que consigo descontrair são quando vou bater uma bola com os amigos. Estou firme e ansioso para a minha volta”, diz.

“Quando assisto aos jogos na TV me motivo cada vez mais porque no nosso futebol faltam atacantes centroavantes que ‘cheiram gol’. Fazer gol é um dom que Deus me deu e não posso deixar isso acabar”, completou.

Campanha

Em 2014, defendendo o Maringá, Cristiano foi o artilheiro do Campeonato Paranaense com 10 gols marcados. Na ocasião, o time chegou à final, mas foi superado nos pênaltis pelo Londrina.

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