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18 de abril de 2024

Tecnologia contra a dengue


Por Zona Livre Publicado 30/09/2019 às 00h50 Atualizado 24/02/2023 às 10h26
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A dengue explodiu no Brasil, mesmo no inverno. Campanhas tradicionais de conscientização e uso de veneno falharam diante da ameaça. Um alento vem de Jacarezinho, no interior do Paraná, onde o combate tradicional contra a doença ganhou o apoio da tecnologia. A cidade registrou reduções superiores a 90% no número de mosquitos Aedes aegypti, na área contemplada pelo Projeto Controle Natural de Vetores. O piloto foi desenvolvido pela empresa de biotecnologia Forrest Brasil em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a prefeitura.

A consequência natural da redução dos mosquitos foi a queda no registro da doença na área atendida pelo projeto: em 2019, até abril, quando o projeto foi encerrado, a região do Aeroporto registrou apenas três casos de dengue. O número representa menos de 5% do total de registros na cidade no mesmo período. Esta mesma área, em epidemias anteriores apresentou um elevado número de doentes. Foram 340 casos de dengue em 2015 e 52 em 2011, representando respectivamente 10% e 30% do total de casos da doença registrados na cidade nesses anos.

Com a eficácia da tecnologia comprovada, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) concedeu a licença de operação à empresa, permitindo que a tecnologia da Forrest seja aplicada em todo o estado. Recentemente, a empresa ganhou uma licitação em Jacarezinho de modo que o Projeto possa atender a Vila São Pedro, um bairro bastante afetado pela dengue no município.

Os resultados positivos estão agora sendo apresentados para outras cidades em todo país. “Os dados comprovam que a tecnologia, aliada ao trabalho de educação e conscientização da população, contribuiu para a redução significativa dos índices de infestação do Aedes aegypti, e mais importante, pela primeira vez um método foi comprovadamente eficaz na prevenção da dengue. Estamos levando esses resultados para autoridades de outras cidades que enfrentam o mesmo problema e buscam soluções sustentáveis para combater a dengue e outras doenças relacionadas a esse mosquito”, conta Elaine dos Santos, diretora da Forrest Brasil.

“Foram sete meses de soltura sistemática de mosquitos machos estéreis, totalizando 12 milhões de mosquitos, que resultaram em reduções significativas no número de insetos e consequentemente nos casos de dengue, na região do Aeroporto, em Jacarezinho. A técnica natural consiste em esterilizar mosquitos machos e soltá-los na natureza. Como a fêmea copula uma única vez durante a vida, se a cópula for com um macho estéril então não haverá descendentes. Já se a cópula acontecer com um macho não estéril, uma fêmea pode gerar até 500 ovos, que vão resultar em novos mosquitos”, explica a cientista Lisiane de Castro Poncio, coordenadora do projeto.

Campanha – A alarmante disparada da dengue, zika e chikungunya acende um sinal de alerta para a urgência de medidas eficazes no combate ao mosquito Aedes aegypti. A nova campanha publicitária lançada nesta semana pelo Ministério da Saúde fala em conscientizar os gestores de saúde e toda a população sobre a importância de a sociedade se organizar, antes da chegada do período chuvoso, para o combate aos criadouros do mosquito. “É importante a mobilização da população, mas além disso precisamos adotar medidas eficazes para termos resultados concretos. O sucesso do trabalho realizado em Jacarezinho é um exemplo que pode servir para outras regiões do Brasil”, completa a diretora da Forrest Brasil.

Números do Paraná – O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde no último dia 10 de setembro aponta 257 novos casos da doença registrados no Paraná desde a primeira semana de agosto. Dos casos confirmados, 204 são autóctones, ou seja, foram contraídos no mesmo município em que a pessoa infectada vive. Além disso, mais 14 cidades registraram casos pela primeira vez desde o início do levantamento epidemiológico.

Os municípios com maior número de casos confirmados são: Foz do Iguaçu (19), São Miguel do Iguaçu (18) e Umuarama (14).Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são: Londrina (440), Foz do Iguaçu (229) e Maringá (182).De acordo com o boletim, dois municípios estão em situação de alerta de epidemia da doença: Floraí e Inajá.

Dados no Brasil – Dados do Ministério da Saúde apontam que o país registrou 1.439.710 casos da doença até o final de agosto, representando um aumento de 599% comparado ao mesmo período de 2018. A febre chikungunya também avançou, com 76.742 ocorrências, 69,3% a mais do que o verificado no mesmo intervalo de tempo do ano passado. Já a zika registrou crescimento de 47,1%, com 9.813 casos.

Prevenção – A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios e, por isso, adotar medidas preventivas é uma das maneiras de combater o Aedes aegypti. Confira algumas dicas simples:
• Manter as garrafas vazias ou baldes viradas para baixo;
• Não deixar entulho no quintal ou nas ruas e varrer diariamente a água parada;
• Cobrir as caixas d’água, poços ou piscinas e manter as calhas de água limpas;
• Colocar terra ou areia nos pratos dos vasos de planta;
• Manter a lata de lixo devidamente tampada;
• Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva;
• Tampar os ralos pouco usados com um plástico, jogando água sanitária no cano 2 vezes por semana;
• Diminuir o número de bebedouros de cães, gatos e passarinhos e lavar com água e sabão ao menos duas vezes por semana.

Sobre a Forrest Brasil – A Forrest Brasil Tecnologia é uma empresa internacional de biotecnologia avançada desenvolvida em Israel, com foco no desenvolvimento de soluções para combater os mosquitos vetores de patógenos causadores de doenças de grande impacto para a saúde pública, tais como dengue, febre amarela urbana, chikungunya e zika. A empresa utiliza a “Técnica do Inseto Estéril”, cujo princípio é realizar solturas massivas de versões estéreis de mosquitos machos, que irão promover, gradativamente, a redução da população de mosquitos locais, e consequentemente as doenças que transmitem. O grande diferencial da Forrest é a utilização de uma plataforma ecológica baseada em três pilares: (1) o mosquito Aedes aegypti macho estéril não é, e nem envolve o uso de organismos geneticamente modificados; (2) os mosquitos machos estéreis são produzidos a partir da cepa selvagem de Aedes aegypti coletada na própria região a ser tratada, ou seja, não é introduzida uma cepa nova de mosquitos na cidade; (3) o uso de laboratórios móveis, que garantem flexibilidade, rapidez, eficiência e logística necessárias para a produção em massa de mosquitos a serem liberados. A Forrest Brasil pertence ao grupo internacional ForrestInnovations, quemantém sítios operacionais estabelecidos em três países: Israel, EUA e Brasil e é a única empresa no mundo com um método comprovado para prevenir a dengue.

Mais informações sobre a Forrest Brasil no site http://www.forrestinnovations.com

 

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