No Senado sujeira pra todo lado

O show de horrores assistido pelos brasileiros no último sábado (2) em relação à eleição do Presidente do Senado Federal não nos deixa dúvidas: “Que país é este?” nunca esteve tão atual. A “sujeira pra todo lado” daquela Casa Legislativa veio à tona. Obviamente que muitos parlamentares são relevantes no cenário político. Entretanto, a tentativa de virada de mesa ficou clara e nos deixou perplexos.

Foram 82 votos. São 81 Senadores. A conta não fecha. Como em uma simples eleição para escolha do líder do grupo há tanta confusão? Quais são os interesses envolvidos numa eleição como esta? Quem foi o Senador que depositou dois – e não um voto na urna? São perguntas que não querem calar. São perguntas que até então estão sem respostas.

Havia claramente uma tentativa de retirar o Senador Renan Calheiros (MDB-AL) da Presidência. Até aí tudo bem. Mas, a entrada na sexta-feira (01) de Davi Alcolumbre (DEM-AP) na disputa, sentando na mesa presidencial e não cumprindo o regimento que dizia sobre o voto secreto; o protagonismo do judiciário; e, por fim, o que relatamos neste texto, demonstra a necessidade das mudanças urgentes no Senado. Além de alterar o regimento interno e ampliar a transparência, os Senadores precisam mudar a postura.

Postura. É isto que a sociedade exige dos Senadores. É isto que nós também pedimos a nós mesmos, ou seja, que cumpramos o nosso papel. Após a maior renovação da história para as eleições do Senado, novos ares devem pairar por lá. Talvez Davi Alcolumbre represente esta “mudança”. Vamos acompanhar e ver se, de fato, podemos substituir a interrogação do “Que país é este?” para uma exclamação. De felicidade!