Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

26 de abril de 2024

ESTUDAR NÃO COMPENSA


Por Tiago Valenciano Publicado 27/03/2019 às 13h15 Atualizado 20/02/2023 às 19h39
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Nerd. CDF. Estudioso. Parece que a cultura do brasileiro é que estudar demais não compensa. Desde jovens somos praticamente “educados” a não gostar de estudar. Quem estuda muito é o antissocial, o chato da turma, o mala, o impopular. Quem “perde” tempo estudando deixa de viver a vida, de brincar com os amigos de escola, de navegar na internet, de se divertir. Será que tudo isto compensa, de fato?

É verdade que a trajetória em busca do conhecimento é longa. São anos de dedicação: renúncias de férias, viagens não concretizadas, projetos adiados, sonhos interrompidos, bens de consumo não adquiridos. A vida que segue nas redes sociais, paralelamente ao mundo real, parece não retratar àquilo que vivemos. E, parece que os que vivem intensamente um universo parelelo de curtidas, compartilhamentos e comentários não tem tempo para estudar.

Uma pesquisa organizada pela Varkey Foundation mostra que o país é o último colocado mundial na percepção sobre a valorização do professor. Nem precisaríamos de muitos estudos para isto: de um lado, os baixos salários, a pequena valorização da carreira e as condições de tempo/pesquisa atrapalham a carreira docente; do outro, a sensação de que ser professor não te trará grandes dividendos financeiros e irá consumir muito tempo/dedicação tem afastado os jovens de uma profissão bonita na teoria, mas que poucos querem na prática.

É lindo presentear um professor a cada 15 de outubro. Mas poucos querem se dedicar ao estudo. Buscam-se os louros da advocacia, da medicina, da fama, mas não há a correlação necessária entre pesquisa e ensino dedicados para que, posteriormente, alguém possa colher os frutos. E as atualizações profissionais? Cursos, palestras e seminários são, em sua maioria, realizados em cidades turísticas, como um “atrativo” para um conhecimento pouco atraente…

A cultura estrutural na educação brasileira de que estudar é perda de tempo precisa mudar. Não se constrói um novo país acreditando que a formação de professores está excelente e que o mercado de trabalho de mestres e doutores deve ficar somente nos meios acadêmicos. Precisamos enxergar que a formação acadêmica é parte fundamental para o futuro de uma sociedade e, por tabela, pessoal. Se não houver esta conscientização, o CDF continuará para sempre sendo o mais chato da sala, o que mais sabe, mas que sempre ninguém valoriza…

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Russa é resgatada no Brasil após intervenção do consulado


Uma mulher de nacionalidade russa foi resgatada pela Polícia Civil de Minas Gerais após informações encaminhadas pelo consulado diante de…


Uma mulher de nacionalidade russa foi resgatada pela Polícia Civil de Minas Gerais após informações encaminhadas pelo consulado diante de…

Geral

Redes estaduais de ensino já têm mais professores temporários do que concursados


O número de professores concursados nas redes estaduais de ensino do Brasil é o menor em dez anos, o que…


O número de professores concursados nas redes estaduais de ensino do Brasil é o menor em dez anos, o que…

Geral

Justiça libera concessão do trem Intercidades entre SP e Campinas


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou nesta quinta-feira, 25, recurso do governo de São Paulo e derrubou…


O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou nesta quinta-feira, 25, recurso do governo de São Paulo e derrubou…