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24 de abril de 2024

IMPOSTO ECOLÓGICO E OS GILET JAUNES (JAQUETAS OU COLETES AMARELOS)


Por Rogel Martins Barbosa Publicado 06/12/2018 às 22h00 Atualizado 19/02/2023 às 06h32
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A França está vivendo um pouco do Brasil de 2013. Aqui o estopim foi a corrupção, lá o estopim foi a imposição de um imposto ecológico que encareceria os combustíveis fósseis numa tentativa de migração forçada para carros elétricos.

O que acabou acontecendo? O preço do ativismo ambiental em descompasso com a população criou um movimento sem lideranças políticas, de cidadãos franceses que não aceitam o imposto e aproveitam para pedir a queda de seu presidente, Macron.

Mas o que tem esta situação a ver com o meio ambiente, além do nome “imposto ecológico”? Tudo.

Existe um princípio no direito ambiental, muito defendido quando se trata de empreendimentos de grande impacto ambiental, chamado consentimento informado. Este princípio diz que a população afetada tem o direito de saber os reais impactos do empreendimento e aceitá-lo ou não, no seio da comunidade.

E exatamente isto que não houve, ao que nos parece na França. O estado é servidor e nunca senhor da população. Toda vez que o estado se torna senhor, temos problemas como este que se desenrola na França.

A preservação ambiental tem como principal motivo a preservação da espécie humana. Sem espécie humana, não há valor algum este planeta para a humanidade. Isto é uma obviedade muitas vezes negligenciada.

No excesso de ativismo ambiental, Macron se esqueceu de perguntar ao verdadeiro senhor se ele queria mais esta carga. Se realmente quer ter limitações de locomoção. Também vale a pena refletir o que significará o carro elétrico quando virar resíduo. Teremos mais resíduos perigosos produzidos por veículos do que hoje. E o que será feito? Algum estudo existe?

A atual eletricidade europeia que alimenta estes carros elétricos que Macron tanto almeja, funcionarão por uma eletricidade produzida através de combustível fóssil e de combustível nuclear.

Parece que a discussão do carro elétrico e sua imposição na agenda global ainda é algo não consentido pela população, que merece esclarecimentos e não propagandas.

Qual a lição que fica? Que nunca o estado pode ser senhor e nem tão pouco ativista.

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