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19 de abril de 2024

Professor é para poucos


Por Gilson Aguiar Publicado 15/10/2018 às 11h22 Atualizado 18/02/2023 às 14h52
 Tempo de leitura estimado: 00:00
https://www.facebook.com/radiocbnmaringa/videos/496293114222913/

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas 2,4% dos jovens com 15 anos querem ser professor. O índice piorou nos últimos dez anos. Em 2008 eram 7,5%. Segundo o levantamento, baixos salários e falta de prestígio da profissão é o principal motivo do desprezo à docência como carreira profissional.

Claro que este não é um bom sinal. A opção pela carreira docente é vista muitas vezes como um fracasso profissional. De forma geral, sem generalizar, a aprovação no vestibular em cursos que tenham o magistério como destino é vista como opção para os que tem menos potencial. Não é difícil encontrar nas redes sociais quem considere que a formação na área de

Ciências Humanas é uma fragilidade intelectual ou falta de potencial.
Porém, vale lembrar, que em um país cheio de médicos e advogados nunca se teve saúde e muito menos justiça. Parece que a grande quantidade de prestígio destas duas profissões estão mais na permanência do problema do que na solução. O país de doentes e injustiçados não encontra solução na especialização. Se tivesse mais professores e apostasse na educação como prevenção considero que boa parte dos problemas estariam resolvidos.

Bons professores geram seres humanos com maior cuidado do corpo, a alma e da conduta. Se aprende na sala de aula, ou pelo menos se deveria, a desenvolver seu potencial e atender a uma sociedade cheia de carências. Dar racionalidade ao indivíduo, dar consciência do que a sociedade é e necessita, permitir a escolha lúcida diante de um mundo complexo, gerar um ser humano melhor, isto é educar, ser professor.

Por isso, um bom professor é a construção da liberdade. Um país cheio de doentes e injustiçados expressa a falta de educação.

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