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23 de abril de 2024

Plano de Rotas Acessíveis


Por Engenharia Urbana - Diego Sanches Publicado 07/10/2019 às 21h00 Atualizado 24/02/2023 às 11h29
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Todos nós andamos a pé. Seja para ir trabalhar, pagar contas, ou mesmo se exercitar. Somos todos, então, usuário de calçadas. Entretanto, às vezes elas estão tão danificadas que preferimos andar no meio da rua. E se a rua está mais segura e confortável do que a calçada é porque algo está errado.

Esse comportamento pode inclusive causar acidentes, como demonstrado em estudo da Universidade de Roma, fundada em 1303. O artigo, publicado em inglês, intitulado “ Managing sidewalk pavement maintenance: A case study to increase pedestrian safety” apontou relação entre as calçadas inadequadas e atropelamentos, por exemplo.

Mas o que faz o cidadão consciente trocar a calçada pela rua? Provavelmente porque calçadas assim não oferecem a segurança adequada:

É ainda mais grave quando essas situações ocorrem no centro das cidades. Imagine uma calçada destas em frente a um hospital. É por isso que a Lei Brasileira de Inclusão trouxe a obrigatoriedade dos municípios implantarem o Plano de Rotas Acessíveis.

Esta é uma ferramenta que visa apontar quais são os locais mais importantes para a população acessar e quais são os principais caminhos que levam até eles. Os pontos escolhidos são aqueles que oferecem serviços de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura, correios, serviços bancários bancos, entre outros.

As rotas, então, devem interligar os pontos e conectá-los a meios de transporte acessíveis como pontos de ônibus, vagas especiais, pontos de táxi e etc.

Esses locais devem ser adequados pelo poder público para atender às normas de acessibilidade, com o uso de rampas, rebaixamento de guias, travessias elevadas, piso tátil e outros acessórios que possam ajudar as pessoas a se locomoverem de forma autônoma pelo município.

É claro que as calçadas não devem ser adequadas somente nas localidades de maior fluxo. O ideal é que os passeios do município formem uma malha acessível que permita a qualquer cidadão ir e vir sem se preocupar com “pedras no caminho”. Entretanto, no mundo real, adequar os locais prioritários é um bom começo.

Após as adequações, é interessante divulgar quais são os caminhos acessíveis da cidade. Para isso, pode-se utlizar aplicativos, por exemplo.

A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul desenvolveu, através de um projeto de extensão, o “Tecnologias de Acessibilidade no Câmpus da UFMS”, que visa disponibilizar as melhores rotas para as pessoas com deficiência se locomoverem pelo campus.

Ideia semelhante foi desenvolvida no Paraná, em projeto de Mestrado em Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O “acessibilidade – caminhos acessíveis – moovdis” permite que os usuários adicionem informações sobre a situação das calçadas por onde passam, ajudando outros pedestres e acumulando pontos como em um jogo.

Ações como essas incentivam a adequação de calçadas pela população e pelas prefeituras. Nesse contexto, o Plano de Rotas Acessíveis é apenas uma das ferramentas, mas, apesar de sua recente obrigatoriedade, tem grande potencial de impacto no cotidiano.

É válido lembrar que ele deve ser compatível com o Plano Diretor (PD) e com o Plano Municipal de Mobilidade Urbana (PMMU) ou até mesmo incorporado por eles e sua elaboração deve passar por consulta popular através de audiências públicas.

Às vezes pode não parecer, mas ferramentas como essa fazem grande diferença no cotidiano. Isso porque, tem o potencial de nos trazer conforto, segurança e evitar acidentes.

É importante estar ciente dos processos e influenciar nas decisões do seu município.

Você conhece o Plano Diretor da sua cidade? O Plano Municipal de Mobilidade Urbana? O Plano de Rotas Acessíveis?

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