Janeiro de “torrar”em Maringá

Olá pessoal! Que este mês de janeiro foi de “torrar” isso todo mundo literalmente sentiu na pele. Foram dias de muito calor e difíceis para todos os maringaenses, principalmente aqueles que tinham que trabalhar no sol ou em ambientes com pouca ventilação ou ainda que não tinham um belo ar condicionado em casa para aliviar o calor.

Com isso separei o post desta semana para falar sobre algumas curiosidades meteorológicas deste quente mês de janeiro e ainda trouxe a palavra de um meteorologista para falar sobre como fica o tempo nos primeiros dias de fevereiro. Será que esse padrão de dias quentes vai diminuir ? Tomara! 

Vamos lá!

Temperatura

Falando sobre variável temperatura que neste mês foi o grande destaque, observamos que em Maringá a tarde mais quente foi registrada no dia 30/01, quando os termômetros da estação convencional do INMET (instalada no Campus da UEM) atingiram 37,1°C. Já a temperatura mínima foi registrada na manhã do dia 05/01, quando os termômetros marcaram 20,6°C.

Com relação às médias das temperaturas máximas e mínimas, vemos que  a média da temperatura máxima ficou 2,3°C acima da normal climatológica de Maringá, sendo a média da temperatura máxima registrada nesse mês 32,5°C, enquanto a média histórica é de 30,2°C.

Já a média da temperatura mínima para o mês ficou 1,7°C acima da normal climatológica,
sendo registrada uma média 22,6°C de temperatura mínima, enquanto a média histórica climatológica da cidade é de 20,9°C.

Chuva

Analisando uma outra variável que eu gosto “pouco” e que nos deixou a desejar neste mês, a chuva, observamos que o acumulado foi de 201,4 milímetros, ficando um pouco abaixo da normal climatológica que é de 218,6 mm. Ao todo foram registradas chuvas em 12 dias do mês. Sendo assim o número de dias com chuva ficou a baixo do normal para o mês, que é de 14 dias.

Fenômenos

Sobre as interceptações neste mês, fui à campo para observar as formações em 10 oportunidades.  A tempestade mais significativa foi a do dia 14/01, quando uma microexplosão atingiu a parte do município de Sarandi e alguns bairros da região leste de Maringá (Fotos), causando muitos danos, como a queda de mais de 100 árvores, o que acabou deixando algumas partes da cidade sem energia por alguns dias.

Outros fenômenos também chamaram a atenção durante o mês, como foi o caso da nuvem Scud (para saber mais leia a matéria), que registrei no dia 7/01. Também não posso esquecer da pequena nuvem funil (fotos) que se formou entre Maringá e Marialva no dia 16/01.

E o que esperar de Fevereiro ? Para tirar essa duvida falei com meu amigo e meteorologista Guilherme Schild para saber qual a tendência para os primeiros dias de fevereiro em Maringá. E o que ele me adiantou foi bastante animador, confiram: 

O intenso calor e tempo seco dos últimos dias deverá ser quebrado a partir dese domingo (3) na região com a chegada de uma frente fria, que estacionará entre os dias 4 e 5 de fevereiro.

As temperaturas máximas a partir do dia 4 devem ser bem mais baixas do que os tórridos dias de janeiro, porém ainda com abafamento devido à alta umidade e instabilidade que deverão provocar chuva na região em boa parte da segunda-feira (4).

Entre os dias 5 e 6, a atmosfera seguirá instável com a transição da frente estacionária para frente quente. Esse sistema frontal receberá reforço de um VCAN (Vórtice Ciclônico de Altos Níveis) que ativará profunda convecção e provável formação de tempestades severas esparsas na região de Maringá nas tardes do dia 5 e 6.

Em especial, nestes dois dias, haverá o risco de granizadas e vendavais localizados. Os acumulados de precipitação serão expressivos nessa primeira semana, somando um acumulado total variando de 70 – 90 mm, principalmente entre os dias 3 a 5.

Posteriormente, no final do dia 6, o VCAN dará origem a um ciclone extratropical na costa do PR e de SP, empurrando ar seco e frio para Maringá, e finalmente deixando o tempo seco e mais ameno dos dias 7 até 10. Logo, atmosfera estará bem ativa nos próximos dias na região, com atuação de vários sistemas de tempo importantes, que proporcionarão o retorno de ares mais amenos, além da volta da chuva.