Montanhas de Berman
Depois de dez anos longe dos estúdios e dos palcos, David Berman está de volta como Purple Mountains. A filosofia Nova Abertura parece ser a mesma. Como declarou para Alexandre Matias, em entrevista de 2007, para o Trabalho Sujo: “(Nova Abertura) é um nome de mentira para uma iniciativa real: a rejeição da ironia como uma estratégia artística. A ideia é simples: diga o que você quer, queira o que você diz.”
A voz grave, o rock desajustado, simples e com letras diretas ainda permanecem. As 12 faixas de “Purple Mountais”, lançado em 12 de julho, soam familiar aos ouvidos de muita gente que passou o fim dos anos 1990 embalada por New Orleans, Smith & Jones Forever, Random Rules, Send in the Clouds e tantas outras canções do Silver Jews.
O período de Berman longe das atividades musicais foram dedicados a leitura e a literatura, algo que ele descreveu como um “sonho de infância”. Neste meio tempo, o compositor brigou contra o vício por drogas, dedicou-se ao judaísmo e à música country e enfrentou uma batalha de praticamente dez anos contra a depressão. Além da dor da separação de Cassie Berman, parceira de vida e de banda com quem esteve envolvido por quase 20 anos.
Todo esse tempo está refletido nas letras do novo álbum, quase como um descarrego do período que atravessou. O disco foi gravado durante cinco anos e contou com o grupo Woods (Jeremy Earl, Jarvis Taveniere, Kyle Forester e Aaron Neveu) como banda de apoio. A produção ficou por conta de Jeremy Earl e Jarvis Taveniere.
Mas apesar das dificuldades e das experiências relatadas em todo o trabalho, Berman e a banda Woods mantiveram um clima descompromissado e até mesmo animado, dentro dos padrões do característico trabalho do músico norte-americano. Snow is Falling in Manhattan e Nights That Won´t Happen são as únicas canções que baixam a guarda e transparecem a tristeza e amargura que circundam o álbum.
Com um título autoexplicativo, That’s Just The Way That I Feel (Esse é apenas o jeito que eu me sinto, em tradução livre), a primeira faixa do disco já demonstra que as outras onze faixas não vão nos levar para o buraco e nos enterrar lá dentro. O piano pode, inclusive, fazer o quadril remexer, embalado em uma música que remete aos primeiros trabalhos solos de Adam Green (ex-The Moldy Peaches).
Assim permanece, na influência do country e na inconfundível sonoridade de David Berman, com músicas recheadas de guitarras, sintetizadores, gaitas, coros, órgãos, pianos e trompetes. Já nasceu como um clássico disco do rock alternativo.
Foto de capa: divulgação
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